Subiu para 84 o número de condomínios que procuraram a Polícia Civil para registrar ocorrência contra a imobiliária Menino Deus, de Porto Alegre, suspeita de se apropriar de valores que deveriam ser usados para o pagamento de contas como água e luz.
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Imobiliária é investigada por suspeita de apropriação indébita — Foto: Reprodução/RBS TV
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O prejuízo contabilizado chega a R$ 1,8 milhões, segundo estimativas da polícia. Até a quarta-feira (23), eram 46 condomínios que relatavam o problema.
A equipe de reportagem da RBS TV foi, nesta quinta-feira (24), até a a imobiliária Meninos Deus. Uma das sócias não quis falar com a nossa equipe e a principal administradora não estava no local.
A Polícia Civil informou que também investiga casos de proprietários de imóveis que teriam ficado sem receber aluguéis administrados pela imobiliária.
"A gente começou a receber registros de pessoas físicas que tinham contrato com o condomínio para administração de seus imóveis dos aluguéis e não estavam recebendo os valores de seus imóveis como proprietários. Três pessoas já nos procuraram para fazer registro", afirma o delegado Vinícius Nahan dos Santos.
E também somou a suspeita de estelionato, após o relato de um síndico.
"Um síndico de um condomínio nos procurou relatando o fato de que a imobiliária teria contratado um serviço de construção e reforma, mas esse serviço não teria ocorrido. A imobiliária cobrou R$ 11 mil, mas o serviço nao foi prestado" afirma.
De acordo com o delegado, a suspeita de estelionato se caracteriza quando se simula uma prestação de serviço, cobrando valores, mas o serviço não é realizado.
A polícia ainda vai investigar os bens adquiridos pela sócia administradora, para saber a origem do dinheiro gasto.
A sócia-administradora deve ser inidiciada por apropriação indébita e furto qualificado, segundo o delegado.
Prejuízo com contas em atraso
Em um condomínio administrado pela imobiliária, o síndico afirma que precisou arcar com as despesas não pagas.
"Eles vieram fazer o corte de luz do prédio. Foi quando a gente descobriu que tinha quatro faturas em atraso. Eu tive que pagar do meu bolso para não ficar sem energia", afirma Francisco Nasi.
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Polícia recebeu mais de 40 denúncias contra a imobiliária em um dia — Foto: Reprodução/RBS TV |
Clipping: JMD - Fonte:
G1
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