Moradores reclamam nas redes sociais de um grupo de motociclistas que trabalha em estabelecimentos comerciais do Menino Deus e que faz muito barulho pelas ruas do bairro, principalmente durante a noite. Vídeos gravados na madrugada deste domingo (5) flagraram inclusive, uma motocicleta sem placa.
Informações dão conta de que uma viatura da EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação) foi acionada, porém chegou uma hora depois, quando o estabelecimento estava encerrando as atividades e não havia mais nenhum entregador no local.
Eu respeito muito os entregadores e não gosto de generalizar, mas também não posso negar que tem muito motoboy por aí que gosta de impor medo, quebrando espelhos retrovisores e chamando os amigos, que também são motoboys, para intimidarem a população — conta Jurandir Rocha, morador do bairro há 45 anos.
Durante as entregas, os motociclistas também arriscam as próprias vidas empinando as motos e circulando pela contramão em ruas e avenidas.
Embora a substituição do escapamento original da moto cause muitos prejuízos para o veículo, como aumento do consumo, superaquecimento e até o travamento do motor, acredite, muitos motociclistas fazem a troca mesmo assim, apenas para produzirem mais barulho.
Vale lembrar que a alteração no escapamento da moto além de incomodar a população pode gerar multa e perda de pontos na carteira de motorista. Segundo o Detran a infração é grave, que resulta em multa no valor de R$ 195, sete pontos na CNH e pode resultar em retenção do veículo para regularização.
Foto: CMSJC |
No começo da madrugada do último sábado (4), houve uma perseguição a um motociclista na Avenida Getúlio Vargas.
O motociclista, em fuga pela Getúlio, entrou na contramão bem no cruzamento da Botafogo, enquanto a viatura seguiu pelo outro lado. Quando ele chegou em frente a casa de carnes que tem ali, deu meia volta e fugiu em direção à Ipiranga. A Brigada levou muito tempo para dar o retorno ou a ré. Deu tempo suficiente para o motociclista fugir e retornar cerca de 5 minutos depois. Ele ainda passou lentamente, se exibindo para os amigos que trabalham em uma loja de conveniências que tem ali, em um posto de gasolina — explica Irene Murtinho, 48 anos, moradora da avenida Getúlio Vargas.
Moradores afirmam que essa situação já chegou a ser denunciada, uma vez que causa incômodo, principalmente em crianças e idosos.
Este problema não é exclusividade do bairro Menino Deus e ocorre em qualquer lugar. Porém, aqui na Getúlio, posso te citar três pontos específicos. Se a EPTC quiser, flagra e autua, mas esta não parece ser a vontade deles, infelizmente — desabafa Evandro Tolla, 62 anos, também morador da avenida Getúlio Vargas.
Quando perguntado sobre os pontos específicos, Tolla detalhou:
Tem os entregadores de uma pizzaria que até não incomodam tanto. Só quando se encontram com colegas e amigos de profissão, aí sim, vira uma baderna. Empinam as motos, andam em círculos e fazem muito barulho. O tal do grau, como eles chamam, né? Fora isso, tem um cara que adora passar várias vezes em frente a um restaurante da Getúlio Vargas, fazendo também muito barulho. Acho que é uma forma de chamar a atenção de quem está por ali. E por fim, tem uma loja num posto (de combustíveis) desta mesma avenida que é um verdadeiro inferno. Saem e entram na contramão, "costuram" os carros, passam tirando "fininho". Se acham os donos da rua. Já vi até eles derrubarem a encomenda antes de saírem do posto. O cara foi empinar a moto, a tampa do baú abriu e caíram várias garrafas de bebidas alcoólicas no chão — conclui.
Dentre as várias reclamações feitas no Facebook e enviadas por mensagem ao Jornal do MD, a maioria delas aponta para o mesmo estabelecimento na Avenida Getúlio Vargas. No local, a entrega é realizada por uma empresa terceirizada.
Qualquer um que passa por eles, os cumprimentam forçando o motor e fazendo barulho. E o pior de tudo é quando fazem barulho da José de Alencar até a Venâncio, por exemplo. Ninguém suporta, mas também não tem o que fazer a não ser reclamar — desabafa um morador da rua Botafogo, que não quis ser identificado.
E em caso de emergência policial, a Brigada Militar orienta que o 190 seja acionado.
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