Código Florestal do Estado proíbe o corte dessas árvores, mas secretaria garante que elas já estavam mortas
Foto: Kathia Monteiro / Arquivo Pessoal
Quando a prefeitura fez a chamada poda radical — não chega a ser um corte, porque o tronco permanece, mas é o suficiente para o vegetal morrer — em seis cinamomos na Rua Barão do Triunfo, a ambientalista Kathia Monteiro se alvoroçou:
— Tinha risco de queda, paciência, era necessário cortar. Só que dois cinamomos tinham figueiras parasitando (foto acima).
O Código Florestal do Estado proíbe o corte de figueiras nativas. Se for preciso removê-las, a determinação é transplantá-las em outro local. Em resposta à coluna, a assessoria da Secretaria de Serviços Urbanos garantiu que essas duas figueiras já estavam mortas — e que outras duas foram, sim, plantadas novamente no bairro Campo Novo.
Kathia Monteiro, que preside o Instituto Augusto Carneiro, especializado em políticas públicas na área ambiental, não acreditou na versão e decidiu acionar a Promotoria do Meio Ambiente:
— Se tivessem levado duas figueiras, haveria buracos no chão. E eu garanto, porque passo naquela quadra duas vezes por dia, que nenhuma das duas que ficaram estavam mortas.
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