Após recebermos denúncias de que moradores em situação de rua estariam vendendo doações e objetos furtados no próprio bairro, nossa equipe realizou um pequeno experimento social.
Por questões de segurança, devido à pandemia, à ausência de viaturas da Brigada Militar e ao fechamento da 2ª DP, dois integrantes de nossa equipe escolheram um ponto estratégico na Av. Getúlio Vargas, próximo à Rua Botafogo para realizarem o experimento durante à noite.
Eles estavam conversando, usando máscaras e respeitando o distanciamento social de pelo menos dois metros e em apenas 15 minutos, foram interrompidos dezoito vezes por diferentes moradores em situação de rua.
Enquanto uns pediam cigarro, incluindo menores de idade, outros queriam um lanche. Alguns chegaram a perguntar para a nossa equipe se eles não possuíam cartões de débito ou crédito para comprarem o que eles estavam precisando.
Ainda no mesmo período, dois deles ofereceram produtos possivelmente doados, furtados ou roubados.
No primeiro caso: Um homem, de estatura baixa e com uma barba curta e enrolada, apareceu empurrando um carrinho de supermercado, de onde tirou e ofereceu um par de tênis novo, Slip-On Star da Adidas original, sem marcas de uso, por apenas R$ 25. Na loja oficial da Adidas, o mesmo tênis custa R$ 349,99.
Foto: Reprodução / Adidas
O mesmo homem, que dorme em frente aos portões da antiga Farmácias Associadas na Av. Getúlio Vargas, esquina com a Rua Visconde do Herval, tentou vender uma calça Jeans Slim azul, da marca Marfinno, inclusive com um cinto no passante por apenas R$ 10. Somente a calça, custa R$ 99,90 nas lojas Renner.
Foto: Reprodução / Renner
No segundo caso: Dois homens, também em situação de rua e que dormem na Praça Israel, ofereceram por R$ 20, duas sacolas de compras do supermercado Pezzi, contendo:
- 2 kg de arroz
- 2 kg de feijão
- 1 litro de leite
- Salsichas
Nada foi cedido ou adquirido por nossa equipe durante o experimento.
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