O objetivo é permitir a comparação entre bairros da Capital com diferentes tamanhos de população e neutralizar o crescimento populacional, permitindo a comparação a médio e longo prazos. Ou seja, o bairro Rubem Berta é o mais populoso de Porto Alegre com 87.367 habitantes, portanto, o número absoluto de casos confirmados de coronavírus é naturalmente maior; por outro lado, usando a taxa por 100 mil habitantes, o bairro Menino Deus tem relativamente menos casos do que em bairros mais populosos.
Comportamento esperado
O secretário-adjunto de Saúde de Porto Alegre, Natan Katz, explica que o comportamento do coronavírus está dentro do que era projetado pelos técnicos. Diferentemente de uma doença como a dengue, que é mais territorial, a doença respiratória se espalha por diferentes regiões:
— De uma doença respiratória, não se espera que ela fique localizada em uma região específica. Ela ataca todo mundo. Começou nos bairros onde as pessoas têm maior poder aquisitivo, porque viajavam, e agora está com uma transmissão comunitária, se espalhando mais. A área central tem mais casos porque nossa cidade tem uma tendência de deslocamento da periferia para o Centro, sempre. A única particularidade, até agora, talvez sejam alguns bairros da Zona Sul — explica o especialista, que é doutor em epidemiologia pela Universidade Federal do RS (UFRGS).
O mapa registra o local onde as pessoas infectadas moram, e não onde contraíram a doença – até porque é praticamente impossível fazer esse mapeamento. Os dados indicam pistas para que a prefeitura pense em novas estratégias, dependendo do avanço da doença:
— Por enquanto, entendemos que está se espalhando da maneira esperada. Mas observamos para ver se a coisa sai do padrão ou do controle. Se um bairro apresentar crescimento muito acima do normal, vamos buscar entender o que está acontecendo lá.
Como visualizar somente o número de casos confirmados por bairro no mapa da prefeitura, sem a incidência por 100 mil habitantes?
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