Os corredores de alguns supermercados de Porto Alegre estão repletos de consumidores em busca de estoques para sobreviver a uma eventual quarentena do coronavírus. Nos carrinhos, itens de higiene, como papel higiênico, estavam presentes nas maioria das compras, em embalagens volumosas, assim como caixas de leite, e sacos grandes de alimentos não perecíveis, como arroz e feijão. No corredor de massas, sobraram pouquíssimas opções de macarrão instantâneo e espaguete. Ainda assim, as prateleiras vazias mostram que não é possível repor os produtos na mesma velocidade da demanda. Na farmácia da rede varejista, o estoque de máscaras está acabando.
No último sábado, só haviam seis embalagens de máscaras (com 100 unidades cada), que custavam R$ 79. No entanto, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) informou, em nota, que o abastecimento das lojas seguem dentro da normalidade e que esta correria insana para estocar produtos é totalmente desnecessária no momento.
Segundo a entidade, que tem monitorado as lojas do País, não foi identificado nenhum problema de desabastecimento, mas sim, de reposição, devido ao maior número de clientes em algumas lojas. Outras associações também garantem que não existe motivo para estocagem de alimentos “Não há risco de falta de alimentos nas lojas. O setor supermercadista brasileiro opera com normalidade. Portanto, a população não precisa se preocupar, os supermercados estão preparados, inclusive, para aumentar o abastecimento, caso necessário, como já acontece em datas sazonais”, diz a nota da Abras.
Em São Paulo, não tem sido diferente. No último fim de semana (sexta-feira, 13; sábado, 14 e domingo, 15), segundo a Associação Paulista de Supermercados (APAS), houve um aumento de 8,5% na frequência de alguns estabelecimentos, em comparação com o terceiro fim de semana de fevereiro deste ano, dias 14, 15 e 16.
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