As consequências da grande enchente do Guaíba em Porto Alegre seriam muitíssimo mais graves se não existisse o sistema de contenção de cheias da cidade, construído na década de 70. Sem o sistema, as águas do Guaíba teriam alagado muitas áreas da capital gaúcha, incluindo o bairro Menino Deus.
De acordo com a MetSul Meteorologia, o nível do Guaíba estava em 3,45 metros no começo da manhã de hoje na medição do armazém C6, no Cais do Porto da cidade. Trata-se do pico da cheia até o momento. A cota é a maior desde a grande enchente de 1941 (4,76 metros) e superou as cheias de setembro de 1967 (3,13 metros) e setembro de 2023 (3,18 metros).
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IPH / Correio do Povo |
Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul a pedido do jornal Correio do Povo em setembro deste ano, mostrou que uma enorme área da cidade de Porto Alegre perto do Guaíba seria alagada se não existisse o sistema contra cheias.
O estudo foi realizado pelo professor Fernando Dornelles e pelo doutorando Iporã Possantti. De acordo com Dornelles, os mapas que indicam as áreas inundadas foram criados com base no nível registrado na régua do Cais Mauá de 3,18 metros em setembro, cota inferior à atual de 3,45 metros.
Com base nos mapas para a cota de 3,18 metros de setembro, muitas áreas entre os bairros Praia de Belas e Menino Deus teriam sido invadidas pelas águas, assim como se viu na enchente de 3,13 metros de 1967, quando não existia o sistema de contenção de cheias da cidade.
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